Há duas semanas estive em São Paulo para prestigiar o 26° Salão do Automóvel, chegando ao seu 50° ano. No último final de semana foi a vez da Formula1, e por causa do burburinho do evento decidi só agora escrever sobre o Salão, minhas opiniões e observações, sem fotos, por equanto.
O que geralmente surpreenderia não me surpreendeu, nem pra bem nem pra mal. O local, Anhembi, eu já conhecia, por saber da dimensão do evento, da magnitude dos expositores e as dimensões do lugar, o tamanho (gigantesco, diga-se de passagem) não foi surpresa. Muita, mas muita gente mesmo, também já esperava, e muitos carros de todos os tipos, modelos e características, eu também esperava, mas pontuei algumas coisas, e vamos a elas.
Que o mundo é dos chineses não podemos mais negar, e o que tinha de marca de origem oriental nesse Salão não era brincadeira, e o melhor, os carros cada vez mais bonitos, com mais tecnologia embarcada, preços convidativos e garantias, item esse que até pouco tempo preocupava muita gente na hora de comprar um “carro importado”.
Os Stands de lojas e/ou empresas de sons automotivos, rodas e equipamentos esportivos trouxeram lindos carros, com destaque para a Petrobras que trouxe dois lindos Bentleys que utilizam etanol.
Os conceitos eram um show a parte, dos mais futuristas e improváveis como os da Hyundai, BMW e da Citroen (modelo este que faz parte do jogo GranTurismo), passando pelos elétricos, que devem chegar em breve ao mercado, e chegando aos especiais como o Novo Uno conversível, e uma Pick-Up Toyota quase, eu falei quase, BigFoot.
O stand destaque pra mim ficou com a BMW que apelou para um projeto monocromático, e levou apenas carros brancos, modelos vestidos de branco, ambiente quase todo branco até com “árvores” brancas (!?). Uma atenção especial para os modelos esportivos de “sobrenome” M, e para a Série7 Hibrida.
Que os medalhões viriam com força, todos já esperavam, mas uma marca que me chamou atenção foi a Hyundai, que deve apresentar em breve modelos muito interessantes no mercado. Outro Stand que me surpreendeu pela beleza, elegância e sobriedade foram a Aston Martin. Com carros belíssimos, escuros, modelos e ambiente sóbrio e sempre fazendo uma alusão ao agente secreto James Bond.
A decepção do Salão ficou por conta do Bugatti Veyron. Vamos lá, não que o carro seja feio, mas não é nem de perto o que eu imaginava. Mas pensando bem, talvez minha opinião não fosse essa se a loja/revendedora/representante tivesse explorado o lado “estrela da festa” que o carro, até pelo preço, merecia. Ele ficou apertado, ofuscado (não pela beleza, pelo tamanho) por dois belíssimos e enormes Bentleys, e em um espaço que EU colocaria apenas o “branquíssimo” Veyron. Taí, talvez um carro daqueles tão branco, o “apagou” naquele ínfimo espaço de canto.
Destaque individual, não tem como passar em branco, vai para o MONSTRUOSO Pagani Zonda. O Carro é grande, charmoso, grosseiro (no bom sentido), com detalhes chamativos e típicos de um carro de competição e estava em destaque, num espaço grande, com iluminação em destaque e bem apresentado.
O “troféu cara de pau” fica por conta do Lifan. Ainda novo por aqui, a cópia “safadinha” do Mini Cooper além de estar muito bem representada num Stand bonito e chamativo, estava localizado exatamente ao lado do seu “irmão” de cópia, o Mini.
Ponto alto das performances ficou para o Stand das Lotus que foram de Ayrton Senna. Com apresentações regadas a fumaça, iluminação, sonorização, depoimentos do próprio Ayrton e a emocionante Música da Vitória, foi praticamente impossível segurar a emoção. Confesso, engasguei e os olhos lacrimejaram. E claro, uma lojinha do instituto Ayrton Senna daquelas que sua carteira salta do bolso quando vê.
Ford, Chevrolet, Fiat e Volkswagen estavam em espaços absurdamente grandes, com carros caros, médios e populares, pouquíssimos lançamentos e muito entretenimento para o público. A Ferrari, Masserati, Lamborghini, Jaguar e outras grandes ficaram no mesmo, belos carros, muita gente em volta, nada de interatividade ou contato com as “máquinas” e um show de automóveis.
No geral, os carros para um público mais seletivo eram todos brancos ou bem sóbrios, os populares e chineses mais baratos bem coloridos, até demais. As montadoras famosas abusaram dos espaços e das suas estrelas, e brilharam claro, os carros mais “vendáveis” estavam ao alcance de uma foto na posição de piloto, os figurões ficaram bem protegidos, como manda o figurino.
Mas vocês devem ter sentido falta do comentário de algo em específico né? Porsche…tem que aparecer esse nome por aqui sempre, mas maiores detalhes, minhas impressões e opiniões, merecem um posto especial, e fica pra semana que vem.
Abraços, e até a próxima.
Tell